Um dia rolou na Universidade Federal Fluminense um certo problema envolvendo um missionário norte-americano e alunos, alguns deles homossexuais, outros heterossexuais, que se reuniram em volta do homem para indignar-se contra um cartaz que o mesmo estava segurando. O tal cartaz era:
"Ei, homossexual!
Você acha que Deus vai te perdoar?
NÃO!!!"
Acontece que hoje, caminhando pelo largo da carioca, encontrei o sujeito, que sempre fica no bandejão do campus do Gragoatá, em Niterói. Perguntei (de novo) os motivos para ele ser tão agressivo e desrespeitoso com as pessoas, ele argumentou que está tentando salvá-las. Ora, cada um não tem o direito de ser o que quiser? Não existe uma lei garantindo a liberdade de culto? Na Constituição não está escrito que somos todos iguais? E por que um homem norte-americano vem para o Brasil em 1991 (eu perguntei), só para militar pelas questões religiosas? Meu Deus, por que esse homem não enxerga que cada um tem o direito de seguir o seu próprio caminho espiritual (ou não seguir nenhum)? Acho que as religiões têm sido encaradas de maneira muito errada porque não há conscientização de nada nessa sociedade idiota, mas também porque existem preconceitos que são estimulados pelas famílias, ensinados às crianças, que se tornam adultos preconceituosos. Está em nossas mãos mudar isso, garantir a liberdade de culto e de escolha! Não às opressões!
Bom, como você me conhece, não consigo fugir de questões polêmicas sem deixar minha opnião.
ResponderExcluirEsse ano lá na faculdade, assistimo uma palestra justamente sobre liberdade religiosa. Na palestra falaram 3 pessoas diferentes: um Babalaô ( nao sei escrever ), um advogado e um jornalista. Eram três pontos de vista diferentes para a mesma questão. O Jornalista explicou de form interativa,o advogado falou das leis sobre religião e o Babalaô explicou um pouco sobre espiritismo, trazendo à tona algumas perseguições que são feitas principalmente por evangélicos. Eu já tinha opnião formada sobre isso e a palestra só veio reforçar minha ideia de que não existe religião boa ou ruim. O que existe são opções e preferências, modos de vidas tal que nos levam a escolher uma ou outra. Isso quando temos a oportunidade de escolha, porque em VÁRIOS casos os pais nos obrigam a seguir uma religião. E o maior problema disso tudo, é um querer mudar o outro. Achar que o que segue é melhor, causando esse tipo de preconceito que você citou no seu texto.
Enim.. não vou me alongar mais pra não ficar a noite toda escrevendo. rs
ABRAÇÃO !
Pois é, Daniel, tenso, não?!
ResponderExcluirVi esse cara recentemente, além de tê-lo visto no ENEL 2009, com uma megaequipe pregando de forma desparatada a convicção dele.
Bem, acho que tocaste bem em uma questão: liberdade de culto. Se queremos uma sociedade justa, acredito que isso passe também por garantir que todos possam escolher e praticar suas crenças, sejam elas quais forem.
Certa vez, um amigo reclamou da absurda, segundo ele, proibição das pregações evangélicas nos trens da Supervia. Minha resposta foi uma pergunta: o que pensarias de um cara fazendo uma oferenda para um santo ou para uma entidade no trem? Obviamente a resposta dele foi a mais negativa possível. Assim expliquei para ele que tal proibição não é uma forma de tolhir a liberdade religiosa, mas uma forma de estabelecer limites que respeitem a crença do outro.
Tenho outros debates sobre religião, mas vão ficar para outras oportunidades.
Abraço, meu caro!
Galera, muito obrigado por acrescentarem! Só pra fazer um adendo ao que você falou, Marcos, um dia desses eu tava dentro de um trem e um camelô ficou cantando várias músicas de igreja, e algumas pessoas começaram a cantar junto... Legal, o cara até cantava bem, mas eu fiquei imaginando o que seria de mim se eu cantasse um ponto de umbanda ou candomblé ali... estaria frito, né? :)
ResponderExcluirAquele abraço!
Como os companheiros já comentaram acima, eu acho que essas questões de fé são do campo privado. Levar isso para um espaço público é tenso porque inevitavelmente isso vai incomodar pessoas que tem uma crença diferente, e isso eu não acho legal.
ResponderExcluirÉ foda cara, essa é uma parada que nego leva aos extremos.
É foda.
Valeu, Ryan!
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