sábado, 27 de novembro de 2010
Liberdade de imprensa?
A mídia, na minha concepção, é o quarto poder. A imprensa sensacionalista e bizarra reflete isso. Onde estão as coisas boas que acontecem? Escondidas, ninguém sabe. As redes de televisão mais assistidas sempre fazem coberturas absurdas sobre casos como Isabela, Eloá ou Guerra no Rio. As Ong's, os trabalhos de apoio às populações de favelas, a nossa cultura, enfim, qualquer coisa que seja realmente boa de se mostrar, a imprensa esconde. Por que diabos é assim? Por que os partidos de esquerda têm menos tempo no horário político obrigatório? Será que a representatividade na Câmara ou algo do tipo realmente deve ser determinante? Será que vai ser assim para sempre? Para reflexão.
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É, camarada, a imprensa tem um lado a servir que, definitivamente, não é o da classe trabalhadora. Audiência, pra eles, significa dinheiro e é por isso que eles fazem dessa barbaridade que está acontecendo no Rio (consequência clara do quão falhas são as medidas do governo do Estado para a segurança) um Tropa de Elite 3. Na mídia é assim: quem tem $$ tem espaço.
ResponderExcluirVerdade. Mas será que não há jeito de haver mobilização ao menos contra essa mídia ridícula? Obrigado pelo comentário, camarada!
ResponderExcluirCaro Daniel, a questão é ótima!
ResponderExcluirBem, concordo contigo, a imprensa tem servido exatamente a interesses contrários aos de um quarto poder. Esse apelido da imprensa é originado justamente no fato de ela atuar na regulação dos demais poderes - legislativo, executivo e judiciário. No entanto, em vez de fiscalizá-los, os veículos de imprensa - não todos, mas os grandes, principalmente - praticamente se aliaram a esses poderes.
Isso passa por outros problemas. O primeiro é o fato de os veículos - mais uma vez digo, os grandes - pertencem a poucas famílias, que acabam por defender seus interesses políticos e economicos, geralmente os mais agradáveis às elites. O segundo é tenso também... as redes de TV, que constituem o principal meio de informação da sociedade brasileira, recebem licenças concedidas, advinhe por quem, pelo governo federal. Então, nesse sentido, o que acontece, até rola de bater aqui e ali em governos, mas e o medo de acontecer algo semelhante ao ocorrido com as TV's venezuelanas, que perderam a licença. Aí, por mais que role um debate ou outro, o apontamento de um erro, a crítica a uma medida do governo, isso sempre será dentro de um limite acordado previamente, de maneira tácita, é óbvio, mas impedirá que as questões verdadeiras explicadoras de alguns aconetcimentos fiquem sempre à margem do debate.
É possível uma mobilização? Sempre acredito nessa possibilidade! Mas, a curto prazo, a mobilização tem de ser nas escolas de comunicação, de jornalismo e afins, além dos próprios jornalistas, para que a imprensa cumpra de fato o papel de quarto poder, que é fundamental para uma mobilização, aí sim, popular, já que, assim, a população terá acesso a todas as informações realmente necessárias e uma opinião formada com base em dados claros, não em dados oficiais, que sempre são favoráveis a quem os fornece.
Quanto à liberdade de imprensa, é uma luta de todos, principalmente dos jornalistas. Porém, a liberdade tem de ser usada para informar, de fato. Mas essa pretensa liberdade tem sido usada para invedir a privacidade das pessoas e explorar os dramas pessoais e sociais para transformá-los em... lucro! Percebes como é tenso ser formado em Jornalismo? Vou ter de dar aula para contribuir mais intensamente nessa mobilização que proponho!
Abraço, meu caro, e parabéns pelas questões sempre quentíssimas!